sexta-feira, 20 de julho de 2012

Debate eleitoral

Eleição municipal destaca questões importantes para São Paulo

Campanha para prefeitura de São Paulo pode ser influenciada pela disputa direta entre PT e PSDB 

Dois mil e doze é ano de eleições municipais, e a data para o primeiro turno já está marcada: é no dia 7 de outubro. Na cidade de São Paulo, alguns nomes de possíveis candidatos já começam a surgir. Mas quais assuntos eles devem destacar em suas campanhas?

Temas a serem discutidos sobre a maior cidade do país é o que não falta. Seja infraestrutura, saúde, transporte ou preparativos para a Copa de 2014, primeiramente, esses assuntos precisarão atender a quesitos específicos, conforme detalha o cientista político, Galdêncio Torquato: “Haverá um discurso relacionado à micro política, que é o discurso local, regional, bairro a bairro. E há também um discurso mais genérico, mais abrangente, global. E nesse conceito global, serão trabalhados assuntos mais urgentes”.

Existe uma importância particular nas eleições municipais de São Paulo, graças à possível participação de dois representantes de partidos adversários a nível nacional: o PSDB e o PT. Por isso, o também cientista político, Sérgio Praça, alerta que “por conta dos participantes Serra e Haddad, particularmente, assuntos da esfera nacional, como educação”, ganharão destaque. Praça também chega a apostar no trânsito, entre os temas a serem abordados nas eleições municipais, devido a sua maior pertinência nos últimos anos. “Quando eu digo trânsito, eu estou querendo dizer ônibus, metrô, transporte coletivo, carros, ciclistas...”, explica Sérgio.

As questões do trânsito ganharam destaque na gestão de Gilberto Kassab. Entre os motivos, está a criação do rodízio de caminhões e a morte de ciclistas no trânsito da capital paulista. Dois assuntos que chegaram a despertar a insatisfação do paulistano. Problemas de funcionamento no Metrô e nos trens da CPTM também marcaram a gestão de Kassab, exatamente no ano em que a prefeitura ajudou o governo estadual, investindo neste tipo de transporte.

No entanto, Galdêncio Torquato chama atenção para a presença de Gabriel Chalita, do PMDB, nessa corrida pela prefeitura. “Ele pode tirar votos do Fernando Haddad, mas também pode tirar um pouquinho do Serra”, relata Torquato. Para o cientista político, a ascensão do “peemedebista” depende de uma boa formação de coligação, a fim de garantir maior tempo de exibição durante a propaganda eleitoral obrigatória.

Quando a questão refere-se aos assuntos a serem evitados pelos candidatos, Gaudêncio ressalta muitos temas relacionados aos partidos de maior influência na atual cena política federal, como “o ‘mensalão’ do PT, a ‘privataria tucana’ que envolve o PSDB”. O que não deve ser evitado, por outro lado, são os debates eleitorais. Sérgio Praça, por sua vez, defende que os candidatos devam ser punidos pelos eleitores, em caso de ausência em debates.

Definitivamente, não vão faltar oportunidades para a voz dos candidatos, nem para a postura consciente dos eleitores em se esclarecer, perguntar e responder nas urnas.

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