quarta-feira, 30 de março de 2011

Televisão

TV aberta tem novos concorrentes na briga pela audiência

Maiores opções de entretenimento e as mídias digitais incentivam a fuga de telespectadores, segundo crítico de TV


Olhando para dentro de casa, conseguimos identificar por que a televisão já não chama tanta atenção como antigamente, graças ao espaço ocupado por um computador. Fora de casa, temos mais oportunidades de ir ao cinema, ao restaurante ou teatro, por exemplo. Opções que vêm ganhando, cada vez, mais adeptos, anteriormente acostumados a ver TV e engrossar o número de telespectadores.

A assistente de relacionamento Janaina Leal tem consciência disso, e assume que, a alguns anos atrás, assistia mais TV. No entanto, “hoje essa realidade mudou devido ao acumulo de tarefas”.  Diante desse cenário, o crítico de TV Nelson Gonçalves Junior explica que o numero de brasileiros na classe média aumentou na última década, formando “um público, que quer experimentar tudo o que não tinha acesso”.

Por outro lado, Gonçalves Júnior também aponta um processo de migração do público que não abandonou a televisão. “Antes você era obrigado a ver  a sua novela favorita as 20 horas. Hoje você pode gravar no HD da sua TV pra ver mais tarde, ou acessar o site da própria emissora”, explica.

Há espectadores demonstrando percepção quanto a essas mudanças, como Débora Spaolonsi que é funcionária de uma empresa de Contact Center. Na sua opinião “hoje não há mais fidelidade por determinado canal, pois a concorrência dinamizou o mercado televiso”. Uma preocupação a mais para as emissoras de TV, no intuito de não perder lucro, segundo Nelson Gonçalves Junior. O crítico de TV ressalta que os patrocinadores estão descobrindo na interação das redes sociais uma nova oportunidade de divulgação.

Com relação à programação veiculada pelas emissoras hoje, Nelson lamenta a postura dos produtores “de apenas fingir que criança não vê TV”. No seu ponto de vista, “exibir desenhos enlatados com dois ou três jovens apresentadores não é produção de conteúdo”. Tal situação, segundo ele, justifica o fato de haver canais infantis entre as maiores audiências da TV por assinatura, outra alternativa aos canais abertos que deixou de ser luxo e virou hábito.

Contudo, Nelson concluí que a integração entre televisão e internet, já exemplificada por algumas experiências bem sucedidas, fará com que cada indivíduo construa o seu “Horário nobre” - momentos do dia no qual as emissoras concentram seus principais programas. Para ele, “o horário nobre como conhecemos hoje vai morrer”.

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