domingo, 27 de fevereiro de 2011

Comportamento

Bullying impõe desafio às relações sociais

Quem nunca foi vitima de piadas, nos tempos de escola, por causa de uma característica física ou comportamento diferente? Passar por isso parece  bem comum, mas quando essas brincadeiras tornam-se freqüentes, ao ponto de causar constrangimentos e intimidações fica caracterizado o Bullying.

Esse tipo de conduta, responsável em casos extremos, por causar o isolamento social de quem é perseguido, pode ser um estágio na construção de relacionamento das crianças, segundo a coordenadora pedagógica, Franciele Busico. “Em geral, as crianças vão construindo as relações sociais, e os grupos são cruéis para aceitar. Parece que todo mundo tem que ser parecido. ‘Para fazer parte de um grupo eu não posso ser assim ou assado’”.

A coordenadora pedagógica também afirma que a vitima desse tipo de prática é colocada em uma situação inferior e  pode, ou não, aceitar essa condição, dependendo de sua auto-estima. “Vamos pegar o exemplo de uma menina que usa óculos e que, sistematicamente, os colegas perseguem. Teoricamente, se você tem alguém que está fortalecida, que entende que isso não é necessariamente  um problema e pensa ‘olha, eu uso óculos, o outro usa aparelho auditivo... E eu preciso desse aparelho, desse aparato visual pra enxergar...’ Se ele está fortalecido e consegue dizer isso para o grupo. Se ele não se coloca em uma situação de inferioridade é bem possível que o grupo pare”.

Para Franciele, o bullying, e suas variações, podem ser identificados em todos os lugares sociais, nas situações de trabalho, nas situações de competições esportivas, além de ter existido desde sempre nas escolas. “Se você for falar com pessoas de 50, 60, 30 (anos) você vai ver que em todas as faixas etárias alguém foi vitima disso que hoje é chamado bullying ou fez, se arrepende profundamente”.

Mais recentemente, a presença do bullying tem sido explorada pela mídia e tem caído no conhecimento da sociedade. No entanto, evitá-lo é o mais importante e exige dialogo. Franciele Busico aponta a participação atenta dos educadores e dos país, como principal iniciativa para coibir este problema.

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