domingo, 19 de agosto de 2012

Repórter em campo


Jornalista esportivo da TV Globo revela fatos da profissão

Profissionais da informação, estudantes universitários e apaixonados por esporte. O público que acompanhou o "Encontro com Abel Neto" na sede da ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) era seleto -  ao todo 74, segundo os organizadores. Todos interessados em conhecer a experiência profissional do repórter esportivo da TV Globo.

Com suas experiências, Abel Neto demonstrou porque chegou aonde chegou.

Da cidade de Santos para o mundo, Abel teve muita história para contar, com destaque de uma entrevista específica que, até hoje, se arrepende de ter deixado passar. Em 2008, às vésperas das Olimpíadas de Pequim, o repórter Abel Neto foi à Jamaica colher depoimentos de vários personagens do atletismo local. Entre eles, estava um tal Usain Bolt, ainda desconhecido. No entanto, devido ao cansaço, o jornalista deixou de fazer a entrevista com o velocista que, naquele mesmo ano, já se apresentaria como um fenômeno em sua modalidade.

O episódio de 4 anos atrás foi relembrado por muitas vezes no decorrer da palestra, demonstrando o quanto Abel Neto queria ensinar sobre a importância de cada oportunidade na prática do jornalismo. Outra lição importante, o repórter esportivo transmitiu de forma objetiva, ao ser questionado sobre alguma dica aos que desejavam entrar na mesma profissão: "O conselho que dou é você ser o mais bem informado possível", opinou.

Entre uma pergunta e outra, o jornalista esportivo reconheceu a importância de não se esconder o marketing nos banners dos clubes, durante as entrevistas coletivas, porque "aquilo ali sustenta o esporte, ajudar a pagar os jogadores". Falou, ainda, da relação instável com os assessores de imprensa, fez piadas a respeito dos riscos de um jornalista revelar o time do coração e sobre a possibilidade que teve de apresentar o "Globo Esporte", jornalístico diário da TV Globo, por uma semana. "Foi uma oportunidade que pintou pra mim", afirmou, antes de explicar que na ausência de Thiago Leifert, o titular à frente do programa, a apresentação fica com Ivan Moré e, na falta deste, Bruno Laurence.

Questões delicadas sobre o jornalismo esportivo não foram esquecidas. De forma natural, Abel Neto assumiu já ter sido muito hostilizado, ter levado "cusparadas" e ofensas racistas das torcidas críticas ao trabalho da emissora onde trabalha. Sendo um dos poucos jornalistas negros da TV Globo, Abel revelou acreditar em um racismo ainda presente nos dias de hoje. Ao final do evento, o repórter virou ídolo, fotografou, autografou e confidenciou para três estudantes qual seria sua escolha para o nome da bola da Copa 2014: Bossa Nova, ou apenas Bossa. O "Encontro com Abel Neto" foi realizado na noite de quinta-feira, 16 de agosto.

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